Instituto Pensar - Putin declara anexação de 15% da Ucrânia e faz nova ameaça nuclear

Putin declara anexação de 15% da Ucrânia e faz nova ameaça nuclear

por: Mariane Del Rei e Revista Fórum 


Putin faz nova ameaça nuclear e anuncia anexação de 15% do território da Ucrânia. Foto: Wikimedia Commons

O presidente russo Vladimir Putin oficializou nesta sexta-feira (30) a anexação ? considerada ilegal pelos órgãos internacionais ? de 15% do território ucraniano. A oficialização e assinatura de um documento ocorreu no Kremlin. 

Durante o seu discurso, Putin afirmou que as "pessoas escolheram? ao referir aos referendos sobre anexação de territórios ucranianos que foram realizados em Kherson, Zaporizhzhia, Donetks e Lushank.

Parte das áreas anexada peplo governo russo já estava sob controle de grupos pró-Rússia antes do início da guerra com a Ucrânia. 

Ao voltar a justificar a invasão da Ucrânia, Putin repetiu o discurso sobre o fato de os moradores da Ucrânia serem russas e falou sobre o fim da União Soviética. "As pessoas foram retiradas da sua pátria natal quando a União Soviética acabou?, disse.

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O mandatário russo declarou que está disposto a conversar com a Ucrânia e pediu ao governo ucraniano que "respeite a vontade do povo?. 

"O Ocidente não consegue da mentalidade colonial. Eles querem manter a hegemonia e continuam buscando meios de enfraquecer a Rússia?, disse Vladimir Putin.

Novamente, ao criticar as políticas internacionais do Ocidente, Putin sugeriu novamente o uso de armas nucleares. 

"Os Estados Unidos usaram armas nucleares duas vezes no Japão e criaram um precedente?, provocou. 

A União Europeia, ONU e outros órgãos internacionais não reconhecem o referendo e consideram que a Rússia rompeu com os tratados internacionais de autodeterminação. 

Outras ameaças

Após sofrer alguns reveses na guerra contra a Ucrânia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, fez no dia 21 de setembro, um pronunciamento na TV russa onde anunciou a convocação de 300 mil homens, culpou o Ocidente pela guerra contra em curso e fez ameaça nuclear. 

Em seu discurso, Putin fez uma ameaça direta aos países do Ocidente e afirmou que dispõe de "vários meios de destruição?. "Quero lembrá-los que nosso país também tem vários meios de destruição e, em alguns componentes, mais modernos do que os dos países da OTAN. E se a integridade territorial do nosso país estiver ameaça, certamente usaremos todos os meios à nossa disposição para proteger a Rússia e o nosso povo?. 

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Sobre o uso de "outros meios de destruição?, Putin fez questão de destacar de não se trata de um blefe. "Isso não é um blefe! Os cidadãos da Rússia podem ter certeza de que a integridade territorial de nossa pátria, nossa independência e liberdade serão asseguradas, enfatizarei isso novamente, com todos os meios à nossa disposição. E aqueles que tentam nos chantagear com armas nucleares devem saber que os ventos predominantes podem se transformar em sua direção?, ameaçou o mandatário russo. 

Ministro do Reino Unido diz que anúncio de Putin é sinal de fracasso na guerra contra a Ucrânia

O secretário britânico da Defesa, Ben Wallace, disse que o discurso de Putin e suas ameaças de uso de armas nucleares emite sinais de fracasso diante da guerra contra a Ucrânia. 

"A quebra de suas próprias promessas do presidente Putin de não mobilizar partes de sua população e a anexação ilegal de partes da Ucrânia, são uma admissão de que sua invasão está falhando?, disse o ministro britânico. 

Wallace também afirmou que Putin "e seu ministro da Defesa enviaram dezenas de milhares de seus próprios cidadãos para suas mortes, mal equipados e malconduzidos. Nenhuma quantidade de ameaças e propaganda pode esconder o fato de que a Ucrânia está vencendo a guerra. A comunidade internacional está unida e a Rússia está se tornando um pária global?.  

Convocação de reservistas 

A Rússia também anunciou que irá convocar 300 mil reservistas como parte de sua mobilização parcial. O anúncio foi realizado pelo ministro da Defesa Sergei Shoigu. 

O ministro reiterou que nenhum reservista seria enviado para a "zona de operação militar especial?, que é como o governo russo se refere à guerra na Ucrânia. 



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